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terça-feira, 25 de março de 2008

FOTOGRAFIA VERBAL: ILYA KABAKOV E BORIS MIKHAILOV

Publicada por Unknown




Exposição revela obras de arte de dois dos mais eminentes artistas da ex-União Soviética.

FOTOGRAFIA VERBAL: ILYA KABAKOV E BORIS MIKHAILOV

30 ABRIL-4 JUL

O Museu de Serralves inaugura, a 30 de Abril, a exposição “Fotografia Verbal: Ilya Kabakov e Boris Mikhailov”. Atravessando os fios históricos e arquivísticos que poderiam guiar o espectador no labirinto da cultura alternativa soviética, a exposição, que se manterá até 4 de Julho, narra a relação amor-ódio entre mundos e imagens. Esta é desvendada pelos comissários da exposição, Margarita e Victor Tupitsyn, que fundamentam a sua estratégia interpretativa nas obras de arte destes que são dois dos mais eminentes artistas russos (ou da ex-União Soviética) da actualidade. Esta exposição permite um novo olhar sobre a obra de dois artistas, cuja formação e percurso é conceptualmente diferente, mas que se cruzam em alguns pontos. Fotografia Verbal permite-nos ainda reflectir sobre o papel da fotografia no contexto sócio político da antiga União Soviética.

Ao apresentar o exemplo de um artista conceptual e de um fotógrafo, esta exposição explora a função simbólica da fotografia na União Soviética na década de 1970 e no início da década de 1980. Nesse tempo, a única justificação para a fotografia era fazer a crónica das actividades do meio artístico não oficial – performances, visitas a estúdios e projectos conceptuais. Nessa “era negra” de má reputação da fotografia, Boris Mikhailov adoptou o meio fotográfico para o seu trabalho, tornando-se uma excepção entre os seus colegas dos circuitos não oficiais. As suas viagens de Kharkov a Moscovo e a sua amizade com Ilya Kabakov produziram um efeito recíproco nos dois artistas. Kabakov começou a usar fotografias (tirando-as em privado ou apropriando-se das que eram publicadas nos meios de comunicação de massas) nos seus painéis conceptuais e Mikhailov começou a acompanhar fotografias com comentários verbais.

Entre as obras expostas contam-se as séries de Mikhailov Viscidity (Viscosidade), Red Series (Série Vermelha) e Unfinished Dissertation (Dissertação Inacabada), os álbuns de Kabakov Ol’ga Georgievna u vas kipit (Ol’ga Georgievna, está a ferver), In Our Berdiansk (Na Nossa Berdiansk), Uncle Uda (O Tio Uda), os quadros Chetyre stolpa (Quatro Pilares) e a instalação The Ship (O Navio). A exposição começa por mostrar fotografias dos anos 80 e revistas anos 30, reproduzindo desse modo a tradição soviética da combinação de fotografias com narrativas e divulgando as fontes a que tanto Kabakov como Mikhailov recorreram ao fundirem imagens com palavras.

Boris Mikhailov

Boris Mikhailov nasceu a 25 de Agosto de 1938, em Kharkov, Ucrânia. Vive e trabalha em Kharkov e Berlim. Ganhou diversos prémios internacionais de fotografia e algumas das suas exposições mais recentes realizaram-se em locais de eleição como a Saatchi, em Londres, a Haus der Kulteren der Welt, Berlim, o Museu de Fotografia, em Helsínquia e a Galeria Pace / MacGill, em Nova Iorque. Destaca-se ainda a retrospectiva do seu trabalho organizada pelo Fotomuseum Winterthur, na Suíça, em itinerância por alguns museus da Europa.

Ilya Kabakov

Artista da Ucrânia, Ilya Josifovich Kabakov nasceu a 30 de Setembro de 1933 em Dniepropetrousk. Sendo o mais importante artista russo a emergir em finais do século XX, combina desenhos, trabalhos em papel, pinturas e lixo em instalações complexas que falam tanto das condições na Rússia pós-estalinista como na condição humana no aspecto universal. Vive e trabalha em Nova Iorque. Dos trabalhos seus expostos recentemente destacam-se as instalações apresentadas no Museum of Fine Arts, Columbus, de Ohio, EUA, no Grazier Kunstverein, Graz, Áustria ou na Feira de Arte de Basileia, Suíça.

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