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segunda-feira, 31 de março de 2008

Portishead no Coliseu de Lisboa.

Publicada por Unknown



«Brutal». «Lindo». «Inesquecível». «Fantástico». «Espectacular». Qualquer uma destas palavras serve para descrever o concerto dos Portishead que decorreu quinta-feira à noite no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, mas é preciso acrescentar que «soube a pouco».

As expectativas em relação ao concerto da banda de Bristol em Lisboa eram muito elevadas, principalmente para aqueles que há dez anos viram a banda a actuar no festival Sudoeste, e não saíram defraudadas.

Passavam dez minutos da hora marcada para o início do espectáculo (22h) e já o público que esgotou o Coliseu começava a ficar impaciente. Assobios, palmas e gritos exigiam a presença da banda em palco, dez anos depois do primeiro concerto no nosso país.

As luzes apagaram-se e a magia começou. Os membros dos Portishead foram aparecendo sob uma chuva de fortes aplausos e com o público em êxtase.


Novo trabalho para começar

A noite abriu com dois temas do novo álbum, «Third» que chega às lojas dia 28 de Abril, «Wicca» e «Hunter», que arrancaram ao público presente mais aplausos e assobios de satisfação.

Mas o alinhamento do concerto não se fez apenas com músicas do novo trabalho dos Portishead. «Glory Box», «Numb», «Sour Times» e «Roads» foram alguns dos temas escolhidos para recordar o primeiro trabalho do grupo, «Dummy», e que foram cantadas em coro por todos os presentes.

Já do segundo álbum, os Portishead trouxeram ao concerto do Coliseu «Cowboys e «Only You».

Os temas novos não foram entoados pelo público, mas nem por isso deixaram de merecer as palmas dos presentes, dando a antever que o novo disco dos Portishead vai ser um sucesso, pelo menos entre os seus fãs.


Um «obrigada» bastou

Os Portishead não são uma banda de grandes conversas. Não houve as frases típicas como «gostamos muito de vocês» ou «vocês são o melhor público do mundo», apenas um «obrigada» quase no final do concerto.

Quase no final porque ainda houve tempo para o esperado encore. «Surprise», disse Beth Gibbons quando reentrou em palco. «Threads» e «Peaches», de «Third», e «Roads, de «Dummy», foram as músicas escolhidas pelo grupo para dizer adeus a Lisboa. Ainda antes de deixar o palco do Coliseu, Beth Gibbons desceu até perto do público, onde aproveitou para interagir com os fãs que estavam nas primeiras filas.

A música acabou. A banda retirou-se do palco. O público ainda pediu mais, mas as luzes do Coliseu acenderam-se e o espectáculo terminou, deixando na cabeça de muitos a letra de uma música de Sérgio Godinho, «hoje soube-me a pouco», porque uma hora e meia não chegaram para quem esperou dez anos por um novo espectáculo.

Agora é só esperar que os Portishead regressem a Portugal, e guardar na memória mais um excelente concerto, nem que tenhamos de o fazer durante mais uma década. A espera vale a pena.

Fonte: www.musica.iol.pt

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