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A Harley-Davidson surgiu em 1901, fundada por William Harley e Arthur Davidson. Tudo começou devido às experiências que estes realizavam, nomeadamente na diminuição do esforço de pedalar. Logo se juntaram a eles os irmãos Walter e William Arthur Davidson, e assim, se iniciou a produção de um motor.

Durante o ano de 1903, efectuaram-se muitas mudanças no design dos seus motores, até os construtores se darem por satisfeitos, e finalmente iniciaram a produção, que se totalizou em três motociclos.

Entre 1906 e 1907, a Harley-Davidson construiu a sua sede na Avenida Juneau, legalizaram-se e formaram uma corporação. E em 1907 produziram 150 motociclos.

Dois anos mais tarde, a Harley-Davidson introduziu no mercado o motor V-Twin de 45 centímetros cúbicos com 7cv, o que fez aumentar a sua produção para 1149 motos.

Em 1913, a Harley-Davidson alargou as suas instalações, de modo a permitir um aumento de produção, que nesse ano atingiu as 12.904 unidades. E começou a dominar os eventos desportivos.


Após provas dadas, a titulo militar nas questões fronteiriças com Pancho Villa, a Harley-Davidson foi convidada a fornecer os seus veículos para a Primeira Guerra Mundial, na qual participaram mais de 20.000 motos. A partir dessa altura a Harley-Davidson passou a ser o maior fabricante de motos do mundo, tendo representantes em 67 países, e a produzir 28.189 unidades.

Em 1921, pela primeira vez uma Harley-Davidson atinge os 160 km/h e ganha uma corrida em Fresno, na Califórnia. E é também durante esse ano, que surge o primeiro motor V-Twin de 74 centímetros cúbicos. Os anos Vinte propiciaram algumas inovações estéticas e de segurança, nomeadamente o depósito em forma de lágrima (1925) e a inserção do travão dianteiro (1928).

Em 1929, com o crash da Bolsa de Valores nos Estados Unidos, a Harley-Davidson, viu-se obrigada a reduzir drasticamente a sua produção, para 3.700 motociclos. Mas a companhia não perdeu tempo a reflectir sobre a recessão. E no ano de 1936 introduziu no mercado a “Knucklehead”, um motor com cabeças de válvulas de 61 centímetros cúbicos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, e após o ataque a Pearl-Harbour, a Harley-Davidson direccionou toda a sua produção para os aliados e no final desta, 90.000 mil modelos WLA de versão militar tinham sido construídos e embarcados. Terminada a Segunda Grande Guerra, os motociclistas ansiavam por voltar às provas, e foi para acabar com esse sentimento, que em 1948, a Harley-Davidson lançou o “Panhead” um motor de 74 centímetros cúbicos com válvulas hidráulicas e cabeças de alumínio, que levou a produção a atingir as 31.163 unidades.

No ano do seu 50.º Aniversário, a Harley-Davidson passa a liderar o mercado, uma vez que o seu concorrente directo a Indian abre falência. No ano de 1957, surge o pai das superbikes, a Harley-Davidson Sportster, seguida da Duo Glide em 1958, a qual apresentava um amortecedor hidráulico traseiro. A acompanhar este sucesso, Carrol Resweber, ganhou o primeiro Grande Campeonato Nacional da AMA, a qual foi a primeira de quatro vitórias consecutivas.

Com o vislumbrar do sucesso da versatilidade da fibra de vidro na concepção de motos, a Harley-Davidson em 1962, adquire e converte uma companhia náutica de fibra de vidro em Tomahawk no Wisconsin. E em 1963 Willie G. Davidson juntou-se à Harley-Davidson, como Director de Design.

Dois anos mais tarde, George Roeder, obteve um novo recorde de velocidade, na categoria de 250cc, em cima de uma Harley-Davidson Sprint, a qual atingiu os 285 km/h. Nesse mesmo ano é introduzida a ignição eléctrica, e a Duo Glide passou a ser a Electra Glide. O motor Panhead deu lugar ao “Shovelhead” e a produção gerada foi de 36.310 unidades, e dá-se a primeira privatização da empresa.

Em 1969, a Harley-Davidson entra num processo de fusão com a AMF (American Machine and Foundry Company), e Rodney Gott, presidente da AMF, torna-se fã da Harley-Davidson.

Dois anos mais tarde, surge a primeira produção standard da Harley-Davidson a Super Glide. Para satisfazer as exigências de um mercado em expansão a Harley-Davidson, transfere a sua produção de chassis e operações para a sua fábrica em York, mantendo a concepção de motores e transmissões em Milwaukee, assim como a sede. E em 1975 são produzidas 75.403 unidades.

Entre 1976 e 1978, o domínio da Harley-Davidson é indiscutível, com o seu piloto Jay “Springer” Springsteen, que vence todos os Grandes Campeonatos Nacionais da AMA. No inicio dos anos 80, é lançado para o mercado “o Rei da Auto-Estrada” a FLT Tour Glide, composta por um motor de 80 centímetros cúbicos e isolador de vibrações, e foi com este modelo que a Harley-Davidson abriu as portas à entrada dos seus modelos turísticos.

A 26 de Fevereiro de 1981, liderados por Vaughn Beals, um grupo de 13 executivos, faz um abaixo-assinado com a intenção de adquirir a AMF, a qual veio a acontecer a 16 de Junho. Para celebrar esse acontecimento, fizeram uma viagem de moto de York a Milwaukee. E o número de unidades produzidas nesse ano fora de 41.586.

Com o intuito de conseguir um maior envolvimento dos proprietários no desporto, em 1983, a Harley-Davidson forma o Grupo de Proprietários Harley, e actualmente é a maior fábrica de proprietários patrocinada do mundo.

Após sete anos de desenvolvimento, em 1984, a Harley-Davidson lança o seu motor V2 Evolution de 1340 centímetros cúbicos. Um motor cuja particularidade é tirar o máximo de rentabilidade com o mínimo de manutenção, e que ganha mais força à medida que aumenta de velocidade.

Uma vez figurada na Bolsa de Valores de Nova Iorque, a Harley-Davidson em Março de 1987, elabora uma petição para a Comissão Internacional do Comércio, a solicitar que terminassem com os impostos sobre as motos Japonesas. Após um período de reflexão de sete meses, a petição é aprovada.

Em 1988, no seu 85.º Aniversário, nasce a Harley-Davidson Sporster, com um motor de 1200 centímetros cúbicos, e para marcar essa data festiva, a Harley-Davidson organiza uma corrida que atravessa o estado, em prol da Associação de Distrofia Muscular.

No inicio dos anos 90, a Harley-Davidson lança para o mercado uma moto de grande sucesso a Fat Boy.

Entre 1991 e 1992, Scott Parker torna-se o segundo piloto a ganhar quatro vezes consecutivas o Grande Campeonato Nacional da AMA, que um ano mais tarde perde para Chris Carr, mas que volta a ganhar em 1993, 1994 e 1995. A 12 de Junho de 1993, 10 corridas foram realizadas em Milwaukee num festival para comemorar o 90.º Aniversário da Harley-Davidson, intitulado “The Reunion”, onde mais de 100.000 pessoas e 60.000 motos abrilhantaram o espectáculo. Depois de um curto período, ausente das competições de Superbikes, a Harley-Davidson regressa às pistas com a fantástica VR1000, conduzida pelo Miguel Duhamel.

No ano de 1995 a Harley-Davidson atinge o seu maior recorde de vendas com 105.104 unidades vendidas. E entre 1996 e 1997 a Harley-Davidson introduz no mercado a Heritage Springer Softail.
Presentemente a Harley-Davidson é reconhecida em todo um mundo, como um símbolo Americano de qualidade.