A venda de música no mercado português em formato áudio e digital sofreu uma quebra de 6,1 milhões de euros (ME) em 2007, com as editoras a facturarem um total de 44,5 ME, revelou a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), citada pela Lusa.
No ano passado, as editoras discográficas facturaram cerca de 44,5 ME com venda de música, sobretudo em CD e em digital, menos 12 por cento do que em 2006, ano em que a facturação ultrapassou os 50,6 ME.
«Estamos perante um quadro de evolução complicado, depressivo. Vamos acumulando perdas ano após ano sem haver um correspondente aumento do mercado digital que alivie perspectivas para o futuro», afirmou o presidente da AFP, Eduardo Simões.
De acordo com o relatório da AFP sobre o mercado discográfico, em 2007 venderam-se 7,9 milhões de unidades de álbuns discográficos, com o suporte CD ainda a dominar as vendas (6,7 milhões).
Álbuns Pop/Rock predominam
No que toca a lançamentos discográficos, na edição de música portuguesa, predominam os álbuns de pop/rock, que renderam 4,2 ME de facturação para as editoras, seguindo-se a música ligeira (1,8 ME) e o fado (1,3 ME).
O mesmo acontece quando se fala na edição discográfica de grupos e artistas estrangeiros em Portugal, com o pop/rock a ser o mais lucrativo, com 14,5 ME, muito à frente dos 1,1 ME de facturação com a música clássica.
Apesar da quebra que a indústria discográfica sofreu em 2007, a venda de música exclusivamente em formato digital registou um aumento de 2,1 ME para 2,6 ME, com 225.433 descarregamentos (downloads) legais.
A maior fatia nesta área foi para os conteúdos de música para telemóveis - 1,9 milhões de unidades -, a maioria toques telefónicos pagos (1,2 milhões de unidades), que renderam 1,6 milhões de euros.
Nas vendas de música em formato digital, o consumidor preferiu comprar singles (202.581 unidades) em vez de descarregar álbuns inteiros (18.971).
Fonte: www.musica.iol.pt
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