Os magos só são mencionados em apenas um dos quatro evangelhos, o de Mateus. Nos 12 versículos em que trata do assunto, Mateus não especifica o número deles. Sabe-se apenas que eram mais de um, porque a citação está no plural e não há nenhuma menção de que eram reis. Não existem evidências históricas da existência dessas pessoas. São personagens criadas pelo evangelista Mateus para simbolizar o reconhecimento de Jesus por todos os povos. De qualquer forma, a tradição permaneceu viva e foi apenas no século III que eles receberam o título de reis provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo 72: Todos os reis cairão diante dele. Cerca de 800 anos depois do nascimento de Jesus, eles ganharam nomes e locais de origem: Melchior, rei da Pérsia; Gaspar, rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia. Em hebreu, esses nomes significavam rei da luz (melichior), o branco (gathaspa) e senhor dos tesouros (bithisarea). Quem hoje for visitar a catedral de Colónia, na Alemanha, será informado de que ali repousam os restos dos reis magos. De acordo com uma tradição medieval, os magos teriam-se reencontrado quase 50 anos depois do primeiro Natal, em Sewa, uma cidade da Turquia, onde viriam a falecer. Mais tarde, os seus corpos teriam sido levados para Milão, na Itália, onde permaneceram até ao século XII, quando o imperador germânico Frederico dominou a cidade e trasladou as urnas mortuárias para Colónia. Não se sabe quem está enterrado lá, mas com certeza não são eles. Mas isso não diminui a beleza da simbologia do Evangelho de Mateus ao narrar o nascimento de Cristo. Afinal, devemos aos magos até a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da antiguidade, ouro era o presente para um rei. Incenso, para um religioso. E mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a mortalidade).
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